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A Rainha Mãe, Xiwangmu,

Apareceu nas escadas de seu palácio de safiras azuis,

Rutilante como a ursa maior,

Perto dos pomares dos pêssegos da imortalidade.

Deslumbrante, vestida em um hanfu de seda tingida de lápis-lazúli

E a coroa de jade, faiscante e reluzente nas primeiras luzes da aurora.

Aompanhada de multidões celestiais, anjos, bodhisattvas e luohans cantores,

Disse que a cada mil anos suas macieiras produziam frutos escarlates

E a cada kalpa seus melões frutificavam generosamente,

Mais doces que os de Hami em Xinjiang.

Zhuangzi disse que ela e Laozi entraram juntos no portão,

E Laozi desceu do touro reverentemente,

Antes de deixar a terra de Zhongguo que muito amava,

Temporariamente ou definitivamente, ninguém sabe.

Isso foi depois que o rei Mu de Zhou encontrou-se com Xiwangmu

No Monte Kunlun, quando as davídias floresciam como pombas alvíssimas

E as aquilarias desprendiam no ar castíssimo a sua unção,

E também depois que ela deu aulas e conselhos a Yu, o Grande

Que após isso finalmente domou a sanha do Changjiang e do Huang He.

Li Qi deixou escrito para todos saberem

Como ela foi atenciosa com o Imperador Wu da era Han, muito ambicioso e pedante,

Porque ele se humilhou, fez jejuns, purificou-se e pôs-se de pé com as mãos juntas,

Como cabe a quem deseja demonstrar reverência e consideração.

Então ela aproximou-se para lhe conceder uma audiência,

Nas carruagens puxadas por qilins,

Baldaquins de penas flutuantes e leques de faisões.

Você deseja mesmo ouvir minhas importantes palavras? Ela disse.

O imperador Wu mandou que queimassem mais xiang nos vasos de jade

E curvou-se bastante para frente muito respeitoso.

Ela então virou-se para trás e disse à pajem:

A ventania passou. Você já pode soprar no Sheng o hino da harmonia celestial.

 (Canções da Rainha Mãe de Li Qi da Dinastia Tang)

 

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