Estou me lembrando agora de seus passos noturnos,
Ouço o sussurro leve das pegadas nas trevas.
Vigilante e inquieto, corria para dentro e para fora,
Ao mínimo barulho externo dos pássaros da madrugada.
As corujas piavam, os tetéus faziam algazarras.
Eu, entre meus lençóis, desperto, a espiar o escuro,
Acompanhava sua carreira sutil,
Suas pisadas leves, quase inaudíveis,
Sua disparada em direção à varanda aberta do quarto,
Sua peleja com as árvores murmurantes
Sacudidas pelos ventos sonâmbulos das noites.
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