As ervas na penumbra

Note bem que entre as árvores frondosas que se levantam

E buscam o sol, pelejando, êmulas pelos raios de luz

Existem as pequenas ervas, no solo, rastejando

E seu mundo é quase uma penumbra contínua se não fora

O vento que balança as altas copas e assegura

Que a alta luz penetre no recinto obscuro e gelado.

Pequenas formigas às vezes passam arrastando seus víveres,

E besouros se arrastam na lama que a chuva deixou.

Não permita que sua agonia, sua vida envolvente, seus desejos

Prive a sua visão e tolha o tirocínio

De perceber os pequenos companheiros que conosco caminham

Na luz, nas trevas, na penumbra

Desses numerosos pequenos mundos esquecidos e desprezados.

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