Quando parte um amigo fiel

Quem ama um cão sabe como é frágil e vive muito pouco.

Quando morre leva consigo parte de nossa vida.

Foram tempos de cumplicidade, correrias, de alegrias, de pulos,

De acolhidas no portão, de petiscos.

Olhares insaciáveis, olhares de soslaio, cheios de zelos e ciúmes.

Uma presença silenciosa e também muito ruidosa às vezes.

Quando se vai, leva junto esses doces anos de contínua amizade.

Deixa para trás o deleite das incontáveis manhãs de sol

Em que brincávamos e saltávamos juntos,

E o encanto lustroso de seus olhos fúlgidos de alegria.

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