Num dia festivo de sol, no verão
Decidiu categoricamente não ficar em casa, na solidão,
Saiu, sentou-se numa mesa de bar ao ar livre,
A conversar com estranhos, iniciar amizades
Vendo o desabrochar das flores nos vasos, as anêmonas
Um narciso ou um lírio à beira de um abismo.
Folhear nos jornais notícias de poetas já mortos
Onde informam também sobre o destino do velho rei de Tróia, Príamo.
Tomar um conhaque com gelo ou uma caipirinha gelada.
Enlevar-se em horas intensas até que
Quando se cansar e, por fim, a tarde finda
A lua já estará no céu, sobre a cidade, pálida, linda.
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