Olhem as mãos.
Mãos que trabalharam e acariciaram.
Mãos que faziam bolos, temperavam a salada.
Trepidavam ao segurar o martelete na obra
Furando buracos, construindo.
Mãos do amor, que penetravam nas partes mais íntimas,
Calorosas, atrevidas.
Que se punham juntas a rezar no mar, nas tempestades.
Mãos que tremiam na aflição.
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