Entre os Alamannen e Gothen, Cristo chegou no século IV,
Foram os primeiros, na região do Reno.
Depois os Vandalen e Gepiden, os Burgunden da Gallia.
Por volta do século V foi a vez dos Franken e Langobarden.
Os Baiern nos séculos VII e VIII, os Sachsen no IX.
No século X, os Dänen, no XI, Norweger, Scheweden,
Até chegar na distante terra da Islândia.
Por último chegou aos Finnen e Litthauer.
Os carvalhos santos derrubados,
Em brasas, os bosques consagrados,
As fontes e as imagens sagradas devastadas.
Loki foi o primeiro a ser arrastado e açoitado na rua,
Pois muita gente já não o amava de verdade,
Mesmo nos velhos tempos gloriosos.
Odin foi forçado muito rapidamente ao esquecimento.
Os valorosos guerreiros mortos que trazia ao Valhalla,
Extenuados e abandonados, não puderam salvá-lo.
Entretanto muitos veem ainda um ancião de chapéu refinado
Delicadamente cobrindo uma parte do eminente rosto,
A errar pelas regiões furtivas e indistintas das cidades.
Freyja resiste quando avança pela passarela uma bela mulher
Vestindo, exuberante e sensual, elegante,
Um traje de neoprene enfeitado com nastro multicor.
Não fosse a imposição da contemporaneidade,
Freyja ainda usaria seu famosíssimo colar de ouro e pedras,
Mas isto não combinaria com a roupa de neoprene.
Podemos ainda observar os vestígios de Freyja
Na transeunte que passeia num vestido fresco, de verão,
De tecido chambray verde acquamarina,
Debruado com valenciennes branquíssimas,
A sacudir dissimuladamente as ancas voluptuosas,
Fingindo recato e pudor,
Mas sempre observando atentamente os rapazes bonitos em volta.
Donar mostra a sua face
Quando foguetes raivosos atravessam os céus,
Iluminando a paisagem pávida e prosternada,
Horrorizada com a violência insolente da guerra.
Bragi, por ser o deus da poesia, permanece, ocultamente,
Quando soa a guitarra de um modesto músico de rua
Ou segurando a harpa, entoando uma ária,
Num desses imponentes teatros ou enormes arenas
Das grandes metrópoles.
Baldur, pela beleza e bondade, pela sabedoria,
Ainda habita o coração dos que amam o encanto e a graça.
Deutsche Mythologie de Jacob Grimm