As Violetas Silvestres do Congo e do Níger

Púrpuras, as violetas silvestres do Congo e do Níger

Lembram os hematomas rubros na pele negra da África.

O sol tórrido do deserto que sufoca as crisálidas frágeis.

Longe, na direção da floresta úmida, em Oyó, onde nasceu,

Muitos se preocupavam com o plantio das roseiras em maio,

Ou das abóboras em Ilobú, perto do rio Erinlé.

Se haverá chuva em excesso ou sol suficiente ou em demasia.

Por isso as frontes se crispam em sulcos inquietos.

Um cigarro ou um charuto é aceso.

Todavia é assim. Nunca o cotidiano foi leve,

Há nuvens tenebrosas no horizonte,

Muitas vezes ventos ruidosos e prejudiciais.

Os homens já sabem que esta é a realidade.

Não há amparos sólidos nem cidadelas imperecíveis.

Mas prosseguem, partem, porfiam,

Sem opções fáceis.

Orunmilá não expressa o vaticínio de maneira inequívoca.

Pode ser que medite bastante, depois cuspa a gosma do tabaco.

Onde quer que esteja olhará vagamente,

E verá indistintamente, pela última vez, com melancolia,

Um rio serpeante que foge através de colinas e vales.

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