Oh, Norte, como és obrigado a esperar.
A chuva.
O amor que partiu para o Sul.
A brisa que refresca o calor.
A comida que a roça ressecada negou.
És obrigado a migrar para servir pessoas estranhas em terras estranhas.
És obrigado a esperar chorando a volta do que partiu a chorar.
És obrigado a olhar o caminho distante
Espreitando, a esperar a volta dos que se foram.
E por isso olhas os topos das serras, as ladeiras das serras.
Vigias o canto do vim-vim, esperando que anuncie, finalmente,
Oh, que o vim-vim anuncie finalmente
O retorno dos ausentes, daquelas pessoas amigas e amadas,
Para que possas retomar a vida truncada, dilacerada, interrompida.
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